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Foto do escritorLuciana Menestrino Gonçalves

Maternidade e Autoestima

Atualizado: 26 de out. de 2024



Na semana do Dia das Mães e inspirada na Live que fiz ontem no Instagram sobre esse tema em parceria com a psicóloga Denise Escobar, compartilho com vocês alguns pontos que conversamos ontem.


Maternar para cada um é único, ou seja, como se fosse sua impressão digital, onde não tem certo ou errado e sim o que o nosso coração de mãe entende que é o melhor para aquele momento.


Mãe e filho sentem o mesmo campo emocional, mãe sente o bebê/criança e o bebê/criança sente a mãe. E aqui uso como referência a fala da Gabriela Rockenbach, que ambos estão na mesma ‘piscina emocional’ e por esse motivo é tão importante não fingirmos que está tudo bem e sim externalizar essas emoções, esses sentimentos que sentimos em determinadas situações, ser sincero com os nossos filhos estreita o vínculo emocional e fortalece o laço de confiança, ou seja, se ele te perguntar: Está tudo bem?, você diga se sim ou não, porque você não ser sincero ele vai sentir que tem alguma coisa de errado e isso afasta e acaba fazendo com que ele duvide da sua própria sensibilidade frente às suas emoções.


Temos que deixar nosso rosto expressar o que está no nosso ❤. (Soraia Schutel)

E só conseguiremos expressar nossas emoções se estivermos bem com a gente mesmo, se a nossa autoestima estiver em ordem e que nesse momento da maternidade, principalmente no início, é um desafio, porque ao mesmo tempo em que o amor pelo bebê cresce, a preocupação, a exaustão com a nova rotina e até a crise de identidade que vêm no pacote podem nos enlouquecer e fazer a nossa autoestima despencar.


Hoje a sociedade deturpa muito esse conceito de autoestima, pois ela vai muito além, aqui não falamos de autoestima sobre a nossa aparência, sobre a nossa beleza e sim sobre a nossa essência. O que carregamos dentro externaliza fora.


É importante entender que ‘ter’, ‘parecer’ e ‘saber’ não são verbos necessariamente construtores de autoestima. Se formos escolher algum verbo para associar ao processo de construção da autoestima serão os verbos, ‘ser’ e ‘fazer’, ou seja, fazer ações que façam sentido para nós nesse novo momento de vida, que é a maternidade.


A questão é que, para cuidar do outro, primeiro é preciso cuidar de si. E isso não tem nada a ver com egoísmo, entendendo a etimologia da palavra egoísmo que vem do Latim ego, que significa “eu”, ou seja, me colocar em primeiro lugar. Uma mãe mais feliz com certeza vai criar um filho mais feliz também.


E aqui compartilho boas práticas de Autocuidado:

  • Cuidar de si/Ter tempo para si: tomar um banho demorado, cuidar da pele, ouvir uma boa música, ler uma página de um bom livro, contemplar o belo, a natureza;

  • Aceitar ajuda: não se faça de forte, perfeição não existe e é gratificante pedir ajuda e aceitar ajuda;

  • Rede de apoio: é essencial para que consigamos resgatar a nossa identidade como mulher antes de ser mãe e devemos confiar nessa rede de apoio;

  • Conversar com outras mães: compartilhar experiências com outras mães/mulheres é fundamental para sabermos que não estamos sozinhas nessa jornada;

  • Vida social: não deixar de ter a sua vida social, pois é importante sairmos para jantar com amigas (os), ir no happy hour com os colegas da empresa, sair para jantar somente o casal, isso fortalece nossos relacionamentos e nos fortalece também.


A chegada dos filhos é um "divisor de águas" para muitas mulheres. Elas acreditam que esse momento traz maturidade, inspira responsabilidade e mudanças de hábitos antigos, o que gera uma sensação de crescimento e confiança, mas em contrapartida para algumas mulheres isso não ocorre e de que forma podemos ajudar uma mãe caso você veja que ela não está bem:

  • Olhar com respeito o momento que ela está passando;

  • Escutar genuinamente essa mulher/mãe;

  • Não julgar;

  • Dar espaço para essa mãe viver o sentimento/emoção/situação que ela está passando;

  • Respeitar as decisões dela, mesmo que você não concorde.


Temos que desconstruir o amor romantizado pelo filho para construir o amor verdadeiro, ouvi essa frase no workshop 'A Arte de Amar' que realizei no Sábado com a Sonata Brasil, onde a Soraia Schutel trouxe esse tema de uma das facetas do amor, que seria o amor pelos filhos e o quanto temos que fazer realidade para algumas coisas para que não sejamos engolidas por emoções e sentimentos que muitas vezes não condizem com a realidade que estamos passando naquele momento.


Ao final da Live trouxemos indicações de livros sobre o tema:


  • "A maternidade e o encontro com a própria sombra", Laura Gutman;

  • "Mulheres visíveis, mães invisíveis", Laura Gutman;

  • "O que aconteceu na nossa infância e o que fizemos com isso", Laura Gutman;

  • "Crianças francesas não fazem manha", Pamela Druckerman.


Ótimas reflexões!



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