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Foto do escritorLuciana Menestrino Gonçalves

"Mulheres de Minha Alma" - Isabel Allende

Atualizado: 26 de out. de 2024



Hoje trago algumas reflexões sobre o livro “Mulheres da Minha Alma” onde Isabel Allende, escritora e jornalista chilena, nos oferece uma emocionante narrativa de sua relação com o feminismo e com o fato de ser mulher, reivindicando, ao mesmo tempo, o direito de viver a vida adulta com sentimento, prazer e plena intensidade.

Segue os pontos que destaquei:


  • Segunda ela, a falta da presença do pai na infância faz com que gere desconfiança na crença dos homens e é sabido o quanto a presença masculina na vida da criança é de extrema importância, é uma das referências;


  • Patriarcado no Chile é de supremacia absoluta do homem sobre mulher, sobre outras espécies e sobre a natureza. Ele se impõe com agressão, exige obediência e castiga quem se atreva a desafiá-lo. O patriarcado é pétreo, ou seja, duro como pedra. Em contrapartida, o feminismo é como o oceano, é fluido, poderoso, profundo e tem a complexidade infinita da vida; move-se em ondas, correntes, marés e às vezes em tempestades furiosas. Tal como o oceano, o feminismo não se cala;


  • Ela traz que a pior discriminação é em relação a pobreza, mas a mais pesada é a que as mulheres suportam, porque parece mais fácil sair da condição da pobreza, mas nunca da condição determinante de gênero;


  • Geração de transição, coube a nós viver a vida que nossas mães não puderam viver e com isso temos a oportunidade de fazer diferente, ou seja, de estudar, de trabalhar, de ter filhos ou não, de morar sozinha, de se divorciar, ou seja, tomar as decisões que são melhores para a nossa vida;


  • Segundo o avô de Isabel, “o homem provê, a mulher serve” e esse conceito em alguns países ainda é bem atual e quiçá no nosso país também, pois infelizmente em algumas situações de submissão a mulher não consegue se expor, se posicionar, fazer escolhas, pois é totalmente dominada pelo parceiro;


  • Ela traz que raiva sem propósito é erva daninha, temos que ir para a ação se queremos mudar as coisas e ter resultados diferentes e não ficar se queixando e não ter atitude para mudar;


  • Devemos criar meninas para ter opções e viver sem medo e meninos que sejam companheiros das mulheres e não adversários;


  • A sociedade nos enxerga como mulher e nos rotula, como gorda ou magra, bonita ou feia, alta ou baixa e por aí vai, mas na verdade ela quer nos controlar com receitas mágicas da juventude eterna, e que sabemos não existir, o que deve existir é a juventude na nossa mente, nas nossas vivências e que envelhecer faz parte da evolução da mulher;


  • Quando somos jovens temos pressa de chegar e sem saber onde, só temos pressa e isso com a maturidade vai mudando, pois não temos mais pressa e sim queremos ser mais assertivos, evitando o retrabalho;


  • Em relação a aposentadoria para os homens pode ser o começo do fim, porque eles se realizam e se valorizam no trabalho, investem nele tudo o que são e, quando ele acaba, sobra-lhes muito pouco; então muitos acabam afundando mental e emocionalmente. Começa a época do medo de falhar, de perder recursos econômicos, de ficar sozinho, enfim, a lista dos temores é longa. Já as mulheres lidam melhor com a aposentadoria porque, além de trabalharmos, cultivamos relações familiares e de amizade, somos mais sociáveis que os homens e temos interesses mais variados;


  • A idade não tem que pressupor uma limitação para continuar sendo ativo e criativo e participar do mundo. Como agora se vive mais tempo, temos algumas décadas pela frente para redefinir nossos propósitos e dar sentido à existência que nos resta;


Como disse ‘Abraham Lincoln’, não são os anos de vida que contam, mas a vida ao longo dos anos.

  • A violência contra as mulheres é universal e tão antiga quanto a própria civilização. Essa violência é inerente à cultura patriarcal, não é uma anomalia. A violência e o medo são instrumentos do controle;


  • Segundo Isabel, não há feminismo sem independência econômica. Nós, mulheres, precisamos dispor de recursos próprios e administrá-los, e para isso há necessidade de instrução, capacitação e um ambiente laboral e familiar adequado;


  • Uma das formas mais eficazes de provocar impacto positivo no mundo é investir nas mulheres. Se a mulher tiver poder de decisão e recursos próprios, a situação de sua família melhora; se as famílias prosperam, a comunidade progride e, por extensão, o país;


As mulheres precisam estar interconectadas e conectadas entre si, pois sozinhas somos vulneráveis, mas juntas, em tribo florescemos, uma ajudando a outra, sororidade.

Segundo a autora, “a vida se faz caminhando sem mapa, e não há jeito de voltar atrás” e esse é o objetivo, buscar o que faz sentido para o nosso momento de vida atual, tanto pessoal quanto profissional, entender que quanto mais maduros, mais seletos, mais assertivos, cada vez mais intuitivos nos tornamos. Nossas prioridades mudam, ou seja, nós nos priorizamos muito mais de quando éramos mais jovens, tanto que quando olhamos para trás, pensamos que bom que amadureci, que bom que evolui em relação a determinadas situações e tomadas de decisão.


Borá lá seguir os conselhos da autora e construir cada vez mais uma vida potente, mais realizada, com cada vez mais sentido e fazer valer a pena os anos de vida que ainda temos pela frente.



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