Porque será que atualmente nos comunicamos mais de forma online do que presencial?
Esse foi um dos resquícios da pandemia, onde nos acostumamos a esse mundo tecnológico, desde participar de reuniões, treinamentos, feedback, 1:1, conversas e até café ou happy hour virtual e isso foi muito positivo, sem dúvida nenhuma, pois por meio da tecnologia que atendo meus pacientes, ministro as palestras, atendo meus clientes de mentoria e assessment Estima, a abrangência se tornou mundial, onde anteriormente era restrita a região em que você estava situada. E onde está o contraponto do ambiente tecnológico? É a perda do contato humano, do café presencial, do happy hour, dos almoços, do olho no olho, pois são essas ações que nutrem os nossos relacionamentos e a nossa vida social, um dos pilares da nossa autoestima.
Para comprovar esse ponto de reflexão trago uma pesquisa que li no (The News) que mostrou que os brasileiros conversam mais com os amigos pelo celular do que pessoalmente, onde 47% das pessoas usam o aparelho com mais frequência, enquanto 36% interagem mais face-a-face.
Na prática, é como se a divisão entre o online e offline quase não existisse. Como estamos mexendo no celular o tempo inteiro, nossas relações dentro e fora da tela acabam se misturando.
O levantamento também mostrou que, quanto mais velha é a pessoa, maior é a predominância das conversas presenciais com os amigos:
De 31% entre jovens de 16 a 24 anos;
De 34% entre pessoas que têm 25 a 44 anos;
De 38% entre quem tem de 45 a 59 anos;
De 43% para os que têm 60 anos ou mais.
No caso, os idosos são a única faixa etária que conversa mais pessoalmente do que pelo celular. Entretanto, com 39% usando mais o WhatsApp, a taxa de interação pelo telefone também é bem alta.
A mesma pesquisa mostrou que, 1 em cada 4 brasileiros dizem ter, no máximo, apenas 1 amigo próximo. Desses, metade relatou não ter nenhum amigo e a outra metade apenas 1.
Por meio desses dados trago algumas comparações entre os dois tipos de relações entre as pessoas. Que são:
Natureza das Interações: As relações presenciais são baseadas em interações olho no olho e em um senso de conexão física entre as pessoas envolvidas. Já as relações digitais são caracterizadas por um sentimento de desconexão e por interações mais superficiais, muitas vezes mediadas por tecnologias como as redes sociais, por exemplo.
Intensidade Emocional: As relações presenciais tendem a ser mais intensas em termos emocionais, pois as pessoas se envolvem diretamente uma com a outra, criando um senso de intimidade e conexão. Por outro lado, as relações digitais podem ser mais frias e impessoais, pois não há a mesma sensação de proximidade física.
Durabilidade: As relações presenciais geralmente têm uma durabilidade maior do que as relações digitais. Isso ocorre porque as pessoas que se encontram pessoalmente têm uma base mais sólida para a construção de uma relação duradoura. As relações digitais, por outro lado, muitas vezes são efêmeras e podem desaparecer rapidamente, pois muitas vezes são baseadas em uma conexão superficial ou interesse momentâneo.
Autenticidade: As relações presenciais tendem a ser mais autênticas, pois as pessoas têm a oportunidade de interagir umas com as outras em um ambiente natural e genuíno. Já as relações digitais podem ser mais artificiais, pois as pessoas podem esconder suas verdadeiras personalidades por trás das máscaras virtuais que usam nas redes sociais e outras plataformas online.
Em síntese, as relações presenciais e as relações digitais têm diferenças significativas de interação. É importante lembrar que ambas as formas de interação são válidas e podem ter um papel importante em nossas vidas, mas é preciso estar ciente das suas particularidades e limitações.
É importante estarmos conectados na tecnologia pois ela nos permite ir muito além em relação a conhecimento, aprendizagem e trocas com pessoas de diferentes lugares, mas nada supera o contato presencial, o abraço, o beijo, o carinho trocado nessas interações que no digital não conseguimos alcançar.
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